Revolução de 32

Véspera de feriado estadual, que tal saber mais sobre a Revolução constitucionalista de 1932.

Imagem: memorialdoimigrante.org.br

Por Carla Bueno

Considerados um dos eventos mais importantes da história política do país, ocorreu no governo provisório de Getúlio Vargas, sendo desencadeada em São Paulo.

O período foi chamado de “Vargas”  e começou com a Revolução de 30 e terminando com a deposição de Getúlio Vargas em 1945. Foi marcada pelo aumento gradual da intervenção do Estado na economia e na organização da sociedade e pelo crescimento do autoritarismo e, finalmente, a centralização do poder.
Foi dividido em três fases: governo provisório, governo constitucional e o Estado Novo.

Vargas é conduzido ao poder em 03 novembro de 1930 pelo grupo militar que depôs o Presidente Washington Luís. Isso desagradou os paulistas, especialmente os líderes do Partido Republicano Paulista (PRP), que não se conformavam com o fato de que São Paulo estava sendo conduzido por um estranho.

O governo interino foi marcado por conflitos entre os grupos oligárquicos e os chamados tenentes que apoiam a Revolução de 30.
Em 25 de janeiro de 1932, aniversário da cidade, houve um comício na Praça da Sé, com muitas bandeiras do conselho. Os partidos políticos rivais se uniram para lutar por esta causa.

Em fevereiro a situação se tornou pior. O Partido Democrático (PD) rompeu com Vargas e seu governo, aproximando-se aos seus antigos opositores, o Partido Republicano Paulista (PRP), formando a Frente Unida Paulista (FUP), que se tornou o porta-voz responsável por reclamar a “reconstitucionalização” e autonomia administrativa para o Estado de São Paulo. Mais do que isso, a FUP passou a articular, em conjunto com os militares e algumas das principais associações profissionais de empresários de São Paulo, a preparação de um movimento armado contra o Governo Provisório.

O descontentamento foi aumentando e logo os paulistas se revoltaram. Em 22 e 23 de maio estudantes e populares queimaram e lacraram as redações dos jornais ditatoriais e, nesse conflito, foram mortos quatro estudantes de Direito: Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo. A inicial do nome de cada estudante foram usadas para designar o futuro movimento de São Paulo: MMDC.

A idéia de revolução fez com que todos, sem distinção de classe social ficassem confiantes da vitória de São Paulo, porque tinham o apoio dos militares de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso que foi o único a permanecer leal a São Paulo. O comandante da Revolução era o general Isidoro, apoiado fortemente pelo contingente do Mato Grosso, liderado pelo General Klinger.

Em 9 de julho de 1932, o Mediador Pedro de Toledo telegrafou ao ditador Getúlio Vargas contando do início da revolução constitucional.

Atualmente, o dia 9 de julho que marca o início da Revolução de 1932, é a data cívica mais importante do estado de São Paulo e feriado estadual.
Os paulistas consideram a Revolução de 1932, como sendo o maior movimento cívico de sua história.
Foi a primeira grande revolta contra o governo de Getúlio Vargas e o último grande conflito armado ocorrido no Brasil.
No total, foram 87 dias de combates, (de 9 de julho a 4 de outubro de 1932 - sendo o último dois dias depois da rendição paulista), com um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas, não oficiais, reportem até 2.200 mortos, sendo que inúmeras cidades do interior do estado de São Paulo sofreram danos devido aos combates.
O Brasil, dois anos após a Revolução de 1932, teve uma nova constituição promulgada, a Constituição de 1934.

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Fonte pesquisa: memorialdoimigrante.org.br

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