Destino: Paraty/RJ, Brasil.

         

        A Essencial Consultoria e Turismo esteve de 27/12/2013 à 02/01/2014 na cidade Paraty, localizada no Estado do Rio de Janeiro. Objetivo: desfrutar da beleza da cidade, comemorando a despedida de 2013 e o início de 2014. A cidade é o 2º pólo turístico do Estado do Rio de Janeiro e o 17º do país.

        Foram seis dias e cinco noites de ENCANTO.

        Saímos de Praia Grande/SP dia 27 de manhã. O trajeto foi pelo litoral norte.

Quando íamos aproximando do nosso destino, observamos que as placas de Paraty ora estava escrito com i, ora com y. Mas afinal, é com i ou y?
Segundo o site de turismo de Paraty (http://www.paraty.tur.br/), Paraty se escreve com “y”, porém oficialmente escreve-se Paraty das duas formas: o governo federal e seus órgãos (IBGE, DNER, SPU, etc.) adotam a escrita Parati com “i” (com exceção do IPHAN) e, o governo municipal utiliza o “y” (o governo estadual utiliza nas duas formas).
Na época do descobrimento do Brasil, os índios do Vale do Paraíba desciam a serra em busca de pescado, pois sabiam que o peixe parati (Mugilcurema), nos meses de inverno, subia os rios para desova, tornando-se presa fácil. Tamanha quantidade havia desse peixe que os índios chamavam este lugar de paratii que significa em tupi “água do parati” (“parati” =espécie de peixe e “i”=rio ou água). Os jesuítas, catequizadores dos índios e os primeiros a estudar suas línguas, tinham o costume de substituir o duplo “i” pela letra “y” passando assim o nome de Paratii para Paraty. Entretanto em 29 de janeiro de 1942 quando houve uma reforma ortográfica eliminando, o W, K e Y do vocabulário, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) passou, por causa disso, a escrever erroneamente o nome da cidade com “i”.
O IBGE errou porque essa mesma reforma ortográfica – conhecida como Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa e aprovada unanimemente pela Academia Brasileira de Letras – diz em seu artigo 12 e 42 o seguinte: Artigo 12, Alínea I, itens 1 e 2: “1. O alfabeto português consta fundamentalmente de vinte e três letras: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, x, z.2. Além dessas letras, há três que só se podem usar em casos especiais: k, w, y.” Artigo 42: “Os topônimos de tradição histórica secular não sofrem alteração alguma na sua grafia, quando já esteja consagrada pelo consenso diuturno dos brasileiros. Sirva de exemplo o topônimo “Bahia”, que conservará esta forma quando se aplicar em referência ao Estado e à cidade que têm esse nome.”
Portanto a forma correta de escrever o nome da cidade é PARATY. Entretanto, os derivados de Paraty, como por exemplo, paratiense, são escrito com a letra “i”.
Explicado!

Enfim, depois da ansiedade, calor e alguns pequenos trechos de transito, chegamos em Paraty no começo da noite.
Ao olhar, ainda dentro do carro, para meu lado esquerdo, fiquei deslumbrada com os barcos estacionados no cais nos primeiros minutos do luar.

**Obs: a bateria do celular se esgotou, por isso, vai a foto registrada por André Luiz.
           
        Cidade pequena, praticamente um bairro. Iluminação com baixa luz. Ruas de pedras e estreitas, por este fato, somente era possível estacionar de um lado da calçada.




E muitas, muuuuuitas pousadas. São centenas delas. A impressão é de que não existem pessoas morando em casas próprias, mas sim em pousadas. Para se ter uma noção de quão absurdo são os meios de hospedagem existentes, nas placas de indicação, com letras menores encontram-se o nome das ruas porque as indicações de pousadas, hostels e hotéis dominam:


(Foto: Izabel Silvestre)

A avenida principal é a Avenida Roberto Silveira que dá acesso a maioria dos meios de hospedagem, restaurantes, bancos (do brasil, bradesco e itaú), além de lojas de aluguel de bicicleta e agências de turismo. Se você precisar de um guia de turismo, ou quiser fazer um passeio aquático ou outros tipos de passeio, nesta avenida possui a Agência de Turismo Ecológico Receptivo chamada Paraty Tours (http://www.paratytours.com.br/). Presenciamos grupos de pessoas pedindo informação na entrada desta agência, inclusive vários gringos e suas típicas mochilas e trajes, todos se sentiam em casa ali. Aliás, Paraty é a segurança dos gringos. Eles andam sem rumo, perdidos quase de madrugada, sem medo do perigo. Nós, que ficamos com medo por eles, mas percebemos, em poucas horas de estadia em Paraty, que não há NADA a temer.
Ah, e se você quer praticar o francês, venha a Paraty: a grande maioria dos gringos são franceses. Em seguida vem os latino americanos, norte americanos, ingleses, alemães, etc.
Educação, sem badernas/ brigas ou afins, limpeza, preços baixos em alimentos e bebidas. Deixe seu veículo respirar dias ao relento e nada acontecerá. O nosso carro permaneceu os seis dias na rua sem nenhum arranhão sequer. Incrível!
Ficamos hospedados no Hostel Casa do Rio (www.paratyhostel.com/‎). É um albergue, ou seja, direcionada para os hóspedes jovens, quartos coletivos (há quarto para casal também), banheiros coletivos, alguns banheiros são dentro do quarto e piscina. Ambiente aconchegante:

Hostel Casa do Rio

Tem cozinha, portanto, dá para cozinhar. Arriscamos fazer uma pizza e pães de queijo (compramos, claro). Delíciiia!:


Tem um deck com vista para o rio que é apaixonante. Cochilos pós praia eram nossa prática favorita: 
                     



E tem um bar dentro do Hostel com caipirinhas deliciosas:

Vista no deck na Unidade 02, no qual nos hospedamos

      Dica: levem repelente para desfrutar do deck a noite, pois os insetos atacam sem dó.
São 03 unidades no Hostel: Unidade 01 é o central com a recepção e onde tomamos o café da manhã. A Unidade 02, onde nos hospedamos, fica a duas casas depois da unidade 01, já a 03 fica na outra esquina. Nós adoramos onde ficamos, aliás, adoramos o Hostel em si. Tem uma sala espaçosa (a unidade 01 não tem, pois a TV fica ao lado da recepção), decoração adorável e uma rede no canto da sala. Nosso quarto era em cima dessa sala:
Sala na unidade 02 do Hostel Casa do Rio


Decoração da sala
Decoração da sala

                 

      








Obs: Não sei se era porquê estava próximo da virada do ano... mas o sinal do celular não pegava em nenhum lugar, tanto para ligações, quanto para internet. Raras as vezes achávamos algum lugar com sinal. O wi-fi do hostel pegou perfeitamente para mim, entretanto, para outros não. E o wi-fi só pega na unidade 01 do hostel.
Quase todo o dia chove no fim da tarde ou no comecinho da noite, porém, a chuva é bem rápida.
Restaurantes fora do centro histórico são complicados de achar. Ah, não comam pizza lá: a massa é estilo massa de pastel e o recheio é invisível, rs.
Dois lugares divinos para comer: o Manuê Sucos: tem o melhor açaí do mundo! Gigante por apenas 07 reais. E um lanche sensacional chamado “dobrado”. O Manuê vem com direito a sotaque carioca carregado (porém, mais interiorizado) dos atendentes. 
Açaí grande do Manuê

        E tem também a Esfiharia e Cachaçaria Emirados. A primeira vez que vimos o Emirados de longe, pensamos ser uma balada porque havia dezenas de pessoas aglomeradas no lado de fora. Tínhamos que ficar na fila, reservar mesa com a recepcionista e aguardar alguns longos minutos para entrar. Pois é, alta temporada é isso aí. Apesar da espera, o estabelecimento é muito organizado no atendimento e ao degustar a tão aguardada refeição: Juro, a massa é extremamente leve, e o recheio das esfihas e kibes são surreais. Inesquecível.

Centro Histórico
Antes de descrever o centro histórico, vamos a algumas especificações a nível de conhecimento cultural para vocês entenderem a importância do Patrimônio, seja ele nacional ou não.
O Decreto Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, é o primeiro instrumento legal de proteção do patrimônio cultural no Brasil. Este decreto lei define o patrimônio nacional como "conjunto de bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação é de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico". O decreto estabeleceu, ainda, a criação dos quatro livros de tombo que servem para registro dos bens protegidos: o Livro do Tombo das Belas Artes; o Livro do Tombo Histórico; o Livro do Tombo das Artes Aplicadas e o Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.
O Município de Paraty foi convertido em Monumento Nacional pelo Decreto nº 58.077, de 24 de março de 1966.
Paraty foi tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como “Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da cidade de Paraty e especialmente o prédio da Santa Casa” em 13/02/1958 (Processo nº. 563-T-57, Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico folha 4, inscrição nº. 17. Livro do Tombo das Belas Artes volume I, folha 82, inscrição nº. 441); E como “Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do Município de Paraty” em 01/03/1974 (Processo nº. 563-T-57, Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, folha 14, inscrição nº. 63. Livro do Tombo das Belas Artes volume I, folha 93, inscrição nº. 510).
Ou seja, Ruas, Avenidas, Praças, Igrejas... cada pedacinho da cidade é oficialmente histórica. Significa que, foi registrado como patrimônio nacional, após requerido por qualquer cidadão que prove por meio de documentos, fotos e afins, ser um(a) cidade/local/região histórica. Onde, este requerimento é analisado e depois de registrado oficialmente como Patrimônio Nacional, não poderá ser alterado em sua estrutura. Qualquer reparo que eventualmente poderá ser feito, deve ser comunicado para avaliação aos órgãos responsáveis: neste caso, ao IPHAN.
Na entrada do Centro Histórico, pela Av. Roberto Silveira há o Chafariz do Pedreira, construído em mármore no ano de 1851 e inaugurado em 1853 pelo presidente da província do Rio de Janeiro Conselheiro Luiz Pedreira do Couto Ferraz, que, naquela época, em um copo de ouro bebeu a água do local. Há também uma corrente no início da Rua do Comércio, impedindo o trânsito de veículos (proibido, inclusive; só é possível transitar a pé ou de bicicleta pelo Centro Histórico). E sim, até esta corrente é tombada desde 24/03/1966.
Andando pelo Centro Histórico, encontramos galerias de arte, ateliês de pintura, lojas de artesanato, lembranças da cidade, calçados e roupas; um P.I.T (Ponto de Informações Turísticas), artistas de rua,  restaurantes, barzinhos, cachaçaria, sorveterias, e uma única balada: o Paraty 33 (sempre lotada, aliás).


 

Ventilador ou batedeira? Esta é a loja de Cachaçaria e Pimentas.
     


O Conjunto Histórico do Centro é formado por 8 ruas no sentido norte/sul e 7 ruas no sentido leste/oeste.


 
 

  



       O calçamento das ruas de Paraty, com pedras irregulares são chamadas de “pé de moleque”, carinhosamente por nós chamados de “pedras buchudas”, data do século XVIII e foi construído de forma a escoar a água da chuva e permitir a invasão do mar nas marés altas. Dica: vá de chinelo, sapato baixo, salto só se for plataforma. É dificultoso andar pelas ruas do Centro. Era engraçado ver pessoas escorregando nos "pés de moleque", e sim, também riamos de nós quando este fato acontecia. Portanto: Paraty é a terra oficial dos chinelos, rs.
     Voltando as calçadas e ruas... O calçamento de pedras também facilitava o deslocamento das “mulas”, carregadas com mercadorias e ouro até o porto no final do século XVII. A descoberta de ouro no interior das Minas Gerais transformou a Vila de Paraty na porta de entrada para quem buscava enriquecer. Seu porto passou a ser então o local de embarque do ouro e pedras preciosas para a cidade do Rio de Janeiro, de onde seguia para Lisboa. Para conhecer mais sobre esta parte da história, existe a possibilidade de fazer o roteiro caminho da Estrada do Ouro (http://www.institutoestradareal.com.br/estrada-real/caminhos).
        As portas das casas do centro histórico de Paraty ficam a 30 cm do nível da rua, para evitar inundação.
           Paraty foi uma cidade planejada. Engenheiros militares portugueses, cientes da vocação portuária da cidade e da necessidade de defesa do local, seguiram o padrão das cidades portuguesas.
O sobrado verde no início da Rua da Matriz, próximo à igreja Santa Rita é considerado um dos sobrados mais antigos da cidade. 
As casas na Rua da Praia não possuem janelas para indicar que ali próximo ao cais era a principal área de comércio da cidade, destinadas a armazéns, mercados e depósitos. Atualmente estas casas estão sendo usadas como ateliers. 
Paraty tem influência maçônica. No século XVIII as portas e janelas da maioria das casas de Paraty eram pintadas em branco e azul, o chamado azul-hortência da Maçonaria Simbólica. A exemplo da cidade de Óbidos, em Portugal, que é uma cidade maçônica, também pintada de branco e azul-hortência, Portanto, Paraty foi urbanizada por Maçons.

Os detalhes em azul são os chamado “abacaxis”
A simbologia está muito mais presente em Paraty do que podemos imaginar. Outro exemplo típico é a proporção dos vãos entre as janelas: o segundo espaço é o dobro do primeiro, e o terceiro é a soma dos dois anteriores; isto é “A+B=C”, ou seja, se resume no retângulo áureo de concepção maçônica. 
O Sobrado dos Abacaxis com ornamentos maçons na fachada, sacadas com grades de ferro e adornos em forma de abacaxis simboliza a prosperidade. 
As igrejas em Paraty eram segmentadas e, por este fato, cada igreja era frequentada de acordo com a cor da pele da pessoa e o padrão aquisitivo. Todas as igrejas de Paraty possuem fachada voltada para o mar.
Igreja da Santa Rita foi aberta ao público em 30 de junho de 1722, tornando-se a mais antiga igreja de Paraty. Era destinada aos mulatos libertos.
Há detalhes na sacada interna, madeira das portas e dos altares colaterais, o galo marcador de vento na torre externa e o relógio na fachada. Numa construção anexa à igreja está o cemitério da Irmandade em estilo columbário (com tumbas embutidas), construído no século XIX. Existe nesse anexo um poço de água transparente que muitos acreditam ser milagrosa. Atualmente a Igreja da Santa Rita vem sendo utilizada para concertos, peças de teatro, exposições e conferências. Nos fundos da igreja está o Museu de Arte Sacra. 
A Igreja Santa Rita está localizada no Largo de Santa Rita. Ao lado da igreja encontra-se a Casa da Cadeia: arquitetura militar que pertenceu ao quartel da Fortaleza da Patitiba. Cadeia esta que possuia 2 celas para brancos, 2 para negros e um local para depósito de armas e munições, e hoje, abriga a Biblioteca Municipal e a sede do Instituto Histórico e Artístico de Paraty na Praça Monsenhor Hélio Pires.

Centro Histórico a noite
A noite, o Centro Histórico são luzes e cores. Mágica, intensa.






Homem vendendo doces


No dia 30/12 apreciamos o show da Banda Matrix, realizada na Tenda da Matriz, localizada na Praça da Matriz. Rock and roll, pop rock e flash back excelentes. Banda espetacular! Toda essa alegria noturna estava ao lado da iluminada Igreja da Matriz ou Igreja de Nossa Senhora dos Remédios destinada aos trabalhadores e pescadores brancos que começou a ser construída em 1787 e finalizada em 08 de setembro de 1873. Foi a terceira igreja construída no mesmo local. Mesmo com 86 anos de demora de conclusão, há duas torres incompletas desta igreja.


        (Foto: André Luiz)
                                           
Barco Isis, do Hostel Casa do Rio.
       
 Passeio de Barco
       O passeio de barco nos levou a conhecer a baía de Paraty: Ilha Sapeca, Ilha Comprida, Saco da Velha, Praia de Santa Rita, Praia da Lula, Praia Vermelha, Ilha do Mantimento e Ilha do Araújo, e seus arredores.






        Há restaurantes em ilhas, que, obviamente custam a partir de 150 reais por pessoa.
Nos, almoçaríamos no barco, mesmo.
Enquanto nós conhecíamos a praia de Jurumirim, a casa de Amyr e a paisagem maravilhosa; Germano (piloto do barco) preparava o nosso almoço com direito ao saboroso “peixe pau”, originado da região.
Praia de Jurumirim
 Atracamos com o Barco Isis do Hostel Casa do Rio na Praia do Jurumirim, onde está a propriedade de Amyr Klink, conhecido como navegante solitário.

Casa de Amyr Klink em Jurumirim

“Tá, mas quem é Amyr Klink?”
Amyr Klink, conhecido como o navegador solitário, é natural de São Paulo, filho de pai libanês e mãe sueca. Começou a freqüentar a região de Paraty (RJ) com a família quando tinha apenas 2 anos de idade e onde ainda possui uma casa (esta acima). Essa cidade histórica do litoral brasileiro é o lugar que o inspirou a viajar pelo mundo. Amyr é apaixonado por Paraty.
As expedições de Amyr Klink com seu veleiro e futuramente, o barco paratii e paratii 2 resultaram em livros por ele escritos. Na expedição Invernagem (1989 a 1991): Amyr partiu e voltou ao mesmo ponto de partida: baía de Jurumirim, em Paraty. A mais longa de suas viagens, até então com o veleiro Paratii. Escreveu o livro: “Paratii: entre dois polos”. E com mais de uma centena de fotos, mapas e textos, o livro: "As Janelas do Paratii" que mostram os principais acontecimentos vividos por Amyr Klink na extraordinária viagem que relatou em Paratii - Entre dois pólos. 
Obs: Para conhecer sobre Amyr Klink e ver fotos, acesse: http://www.amyrklink.com.br/

 
Igreja Nossa Senhora das Dores
Há também a casa da família do velejador Amyr Klink, no Centro Histórico, localizada atrás da Igreja Nossa Senhora das Dores, destinada para a elite branca e construída em de 1800. Com a decadência da cidade, a igreja ficou abandonada até 1901, quando a Irmandade de Nossa Senhora das Dores, composta somente por mulheres, a reformou. Sim, mulheres! Na parte de traz da igreja há um cemitério em estilo columbário (com tumbas embutidas). Há detalhes das sacadas internas em madeira rendilhada e na torre, e o galo marcador da direção dos ventos. 
De janelas amarelas: Casa que pertenceu a família de Amyr Klink.







               


      Nesses arredores do Centro, próximo a Igreja das Dores é possível encontrar homens que se aventuram em serem guias de turismo e, oferecem passeios de carroças aos turistas, onde, tais homens narram a história e pontos turísticos do centro histórico.

       Voltando sobre o paraíso da baía...
        Paramos para mergulhar na praia do forte e suas ilhas aos arredores:

Após a vida chaaaaata que estávamos levando, rs, Germano parou próximo a Praia do Jabaquara e nos contou da tradição do Bloco da Lama e a historia divertida sobre uma pegadinha para os turistas. Com direito a ator encenando ser um homem das cavernas de verdade, apavorando todos ali presentes.
(Foto: Ricardo Gaspar)

O Bloco da Lama acontece no sábado de carnaval, desde 1986.         
Muito frequentada por turistas estrangeiros, surgiu quando dois amigos, alguns dias antes do carnaval, estavam capturando artesanalmente caranguejo no mangue do Jabaquara. 

(Foto: Ricardo Gaspar)
A brincadeira é criar uma tribo pré-histórica, cobrindo-se de trapos, carregando caveiras, cipós e ossadas, aos gritos de ”uga, uga, rá, rá” e sair pelas ruas do Centro Histórico espantando os maus fluidos do carnaval. A lama é extraída da Praia do Jabaquara.

O passeio que era para durar 5 horas, durou um pouco mais de 6 horas de tão bom que estava o papo no barco. Pois é, dia lindo como aquele, ninguém liga para a hora.

Retornando ao Hostel...
 Vista do rio para a Igreja Nossa Senhora das Dores        
Praça da Matriz. Vista para Igreja da Matriz ou Igreja de Nossa Senhora dos Remédios atrás da árvore do lado direito.
    
                       
        E tratando de área ambiental, em Paraty existem 06 unidades de proteção ambiental, cobrindo dois terços dos 917 km2 do município: Parque Nacional da Serra da Bocaina, Área de Proteção Ambiental do Cairuçu, Reserva Ecológica da Joatinga, Parque Ecológico de Paraty-Mirim, Área de Proteção Ambiental da Baía de Paraty e Estação Ecológica de Tamoios.

Praia do Pontal
A praia do Pontal é pequenininha. Em 4 minutos de caminhada você consegue ir de uma ponta a outra. De lá se consegue ver a Igreja Nossa Senhora das Dores.

Praia do Pontal
Vista da Praia do Pontal para a Igreja Nossa Senhora das Dores
Vista da Praia do Pontal para o Cais 

       Em Paraty tem a Praia do Pontal, Praia Boa Vista e Praia Jabaquara de fácil acesso. As demais praias são acessadas por trilhas, e a maioria (muitas, por sinal) somente com barco porque estão espalhadas na baía de Paraty.



Trindade
Trindade é uma Vila ao lado da cidade de Paraty.
A partir da entrada de Paraty até Trindade são 17 km no sentido São Paulo. São uns 20 minutos no máximo, de carro. Siga as placas, é sem erro.
Ao chegar ao bairro do Patrimônio, haverá uma estrada asfaltada no lado esquerdo que subirá o morro.
A estrada é cheia de subidas e descidas, pista dupla, um horror. Víamos carros com farol baixo saindo de Trindade em plena luz do dia. Ao voltarmos entendemos muito bem o porquê: na volta as subidas são piores. Maaaas, vale muito a pena. Trindade é o paraíso. Lindo demais!
As Praias na Vila de Trindade seqüenciais são: Praia do Cepilho, preferida dos surfistas. Ao lado direito da Praia do Cepilho fica a Praia Brava, Cachoeira Brava, Praia do Sono. Continuando, porém, já não fazem mais parte de Trindade: Praia dos Antiguinhos ou Antigos, Ponta Negra, Martim de Sá, Deserta, Cajaíba, Saco do Mamanguá, Parati-Mirim.
Praia de Fora é uma extensa praia que vai da Praia do Cepilho até a Praia dos Ranchos. Praia do Meio, localizada no meio de uma grande formação rochosa. Piscina Natural do Cachadaço; Praia do Cachadaço que exige cuidados, pois há trechos com correnteza. Piscina do Cachadaço, Gruta do Pescador e Cabeça do índio (pedra que faz jus ao nome).
A galera jovem adora se aventurar acampando na região de Trindade. Também, com este paraíso, fica fácil querer ter um teto de estrelas e um marzão azul maravilhoso a disposição.

Permanecemos na Praia do Cepilho, considerado um dos melhores locais para surf:


  

        Um pequeno riacho deságua no canto:

E na Praia de Fora, que se estender até a Praia dos Ranchos:

A areia é muito grossa e as ondas... bom, não são ondas, mas sim um arrastam de ondas. Praticamente uns três passos após o raso, já entramos no fundo do mar.
Devido ao calor Rio 40 graus, meeesmo, não conseguimos seguir caminhada até as demais praias, até porque as praias são extensas demais.


3, 2,1... Show Réveillon
Saímos um pouco depois das 22h do dia 31 rumo a Praia do Pontal. Após atravessarmos a ponte, 

Ponte Paraty













... nos deparamos com uma celebração de hare krishna´s:
Celebração Hare Krishna










Tudo tranquilo, sem aglomeração. Pessoas educadas e alegres curtindo o show em sua maioria no ritual do traje branco prontos para dar boas-vindas a 2014.
Muitos banheiros químicos a disposição dos aproximadamente 20 mil pessoas no local.

Pela primeira vez a queima de fogos foi realizada simultaneamente em quatro lugares: Praia do Pontal, Praia da Jabaquara, Tenda da Matriz e Trindade (todas contendo shows).
Ficamos na Arena montada na Praia do Pontal.
Banda Fantasy. (Foto: Prefeitura de Paraty)









Às 21h o DJ LL esquentou a galera, às 23h foi a vez da Banda Fantasy, às 02h a Banda Ambervision. Só música de qualidade.

Retornamos a nossa cidade com o maior aperto no coração. 
Quem vai a Paraty se apaixona, deslumbra e fica cheio de saudades.
E você, consulte a Essencial Consultoria e Turismo, vá vivenciar o encanto de Paraty, e, ao retornar, chegará em casa com a bagagem cheia de riquezas: alegria, emoções, liberdade e o gostinho do quero mais! Isso sim, é essencial. :)



Fotos e Relatos de Suellen Chinelatto, 
Turismóloga de paixão e profissão.

Comentários

Postagens mais visitadas